Case Nokia: A terceirização do atendimento ao consumidor 5


Informações para contato no site da NokiaComo muitas empresas, a Nokia terceirizou seu atendimento ao cliente. No caso, para a Atento, no site da Nokia fica evidente esse serviço.

Todas as informações para contato no site da Nokia são direcionadas para a Atento, não há sequer um endereço para correspondência.

Ao entrar em contato por e-mail, somos orientados a ligar para a central de atendimento. Os atendentes da central não transferem as ligações para supervisores e não fornecem qualquer informação sobre a Nokia.

Até mesmo o endereço ou uma forma de entrar em contato com o departamento jurídico – de forma a obter uma composição – não é fornecido. Informam que para essas informações, basta ingressar com a ação que o departamento jurídico da Nokia fará contato.

Insistindo mais, há a informação que o único contato com a Nokia é na Finlândia, ou seja, a central de atendimento desrespeita o consumidor, esquecendo-se que existe o Google.

Tanto por telefone como por e-mail, o único endereço que a central de atendimento nos fornece é uma caixa postal em Osasco-SP, que provavelmente pertença a Atento, pois os endereços da Nokia no Brasil são: Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro e mais algumas capitais.

Mais grave é verificar nas pesquisas sobre a Nokia centenas de consumidores prejudicados, diversas ações judiciais e até Termos de Ajustamento de Conduta firmado junto a Procons e outras entidades de diversos estados. Existe até modelo de petição de reparação de danos.

O ponto principal é descobrir, na central de atendimento, que o prazo de reparação é de exatos trinta dias corridos, porque o Código de Defesa do Consumidor assim determina. A central de atendimento deixou claro que somente existe um prazo para repararem o celular com defeito pois a Lei obriga, não há nenhuma preocupação com o consumidor, ou sensibilidade.

Muitas empresas terceirizam o atendimento ao consumidor, mas é necessário manter uma forma de contato direto com a empresa, ou mesmo criar uma ouvidoria para apurar absurdos cometidos pela central de atendimento. E não esquecer do treinamento, pois o consumidor não pode ser ridicularizado ao entrar em contato com a empresa.