Em 100 anos deve acabar a advocacia 2


A profissão de advogado é uma das mais antigas em atividade e desde o início se mantém  da mesma forma. No Brasil, para evitar mudanças os advogados se prendem à OAB como ocorria nas corporações de ofícios durante a idade média.

Na Europa, especialmente nos países de direito baseado em costumes, já se cogita a extinção da profissão de advogado. O advogado não será extinto, mas a profissão sofrerá uma grande mudança.

A presença obrigatória dos advogados na Justiça está em extinção e a cada dia a Justiça deve se aproximar mais dos cidadãos. Os advogados passarão a ser consultores, prestadores de serviço. A presença deles nas ações judiciais será opcional.

A mudança não atinge somente os advogados. A Justiça será mais funcional, com menos palácios e o Direito será padronizado mundialmente, com a supremacia dos tratados e cortes arbitrais.

Já podemos perceber essas mudanças atualmente. Nossa civilização está em um processo de integração e de luta contra a burocracia e a ineficiência. A flexibilidade é a tônica dos dias atuais, o que está levando à ruptura das estruturas tradicionais e rígidas.

Isso já ocorreu nas comunicações, na imprensa, na criação de conteúdo e na economia. Assistimos a política e a guerra se curvarem para novos modelos (o terrorismo é uma forma de guerra nova, maleável e distribuível) esse movimento inevitavelmente chegará ao Direito.

O nosso Direito positivo e oligárquico será atingido por essas mudanças, sendo possível dois caminhos: se reinventar ou resistir e romper. A adoção de procedimentos eletrônicos e a possibilidade de atuar sem advogado nos juizados especiais e trabalhistas mostram que já iniciamos o caminho da adaptação à nova realidade.

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