O fim de uma era na distribuição de conteúdo


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A Blockbuster anunciou que até o fim de 2013 fechará as últimas lojas e centros de distribuição, deixando o mercado de locação de filmes em DVD. É o melancólico fim da maior rede de locadoras do mundo.

Quando inaugurou uma Blockbuster perto de casa tivemos contato com uma locadora totalmente diferente. Era ampla, era fácil identificar as fitas disponíveis (sim, sou do tempo da fita VHS :oops:), a pipoca da Blockbuster era lendária, assim como a possibilidade de devolver os DVD´s mesmo quando a loja estava fechada, através de uma caixa dedicada para isso, semelhante as caixas de Correio.

Lembro do meu pai comprar os filmes prediletos da minha irmã na Blockbuster, que colocava a venda os DVD´s quando a demanda pelos filmes reduzia. Deixei de frequentar a Blockbuster quando mudei para o interior.

Tenho que admitir que apesar da saudade, na época eu preferia as lojas menores. A Blockbuster era muito movimentada e não oferecia o catálogo de filmes que me interessam, a maior oferta era por lançamentos e filmes de gêneros populares, como comédia e ação.

A história da Blockbuster se confunde com a do mercado de locação de fitas VHS e posteriormente DVD. O DVD foi criado em 1995 e em menos de 15 anos se tornou ultrapassado.

A Blockbuster em 28 anos foi do auge a decadência. A marca continuará, agora restrita aos serviços digitais. Deixou o Brasil em 2007, quando as Lojas Americanas compraram todas as lojas.

O fim da Blockbuster mostra que a locação virtual é um caminho sem volta, por isso empresas como o Netflix crescem tanto, afinal, nesse novo mercado os lançamentos não se esgotam e o catálogo não está limitado ao tamanho físico da loja. Ainda que lamentavelmente o Netflix insista em retirar filmes de catálogo, quando deveria trabalhar por um acervo cada vez maior.

No Brasil sua despedida do mercado foi antecipada por outro fator: a pirataria. Pelo valor de uma locação era possível adquirir 4 ou mais filmes, muitas pessoas tinham acervos com centenas de DVD´s armazenados em pastas. Nunca vi sentido nisso, afinal, quantas vezes assistimos um filme? sem contar que defendo a remuneração dos que produzem o conteúdo, mas isso já é outra conversa.

Referência

  1. Foto: Sessão Livre (Alexandre Pereira/flickr) – CC BY-SA 2.0
  2. Estadão: Blockbuster fecha todas as lojas nos Estados Unidos
  3. link: Blockbuster fecha as portas após 28 anos
  4. Mundo das Marcas: BLOCKBUSTER