Terceirização da Guerra


Muitas pessoas defendem que existem setores que não podem ser tercerizados,  entre  as razões é que corre-se o risco de se ficar refém da empresa tercerizada, quando delegamos tarefas de áreas estratégicas e principalmente as relacionadas ao conhecimento.

A Folha de S. Paulo, no último dia 20 de maio publicou uma interessante reportagem sobre a atuação de empresas de segurança privadas norte-americanas na Guerra do Iraque. A novidade está na atuação dessas empresas, que muitas vezes se relacionam com combates.

Diferente dos Exércitos, essas empresas não estão subordinadas ao Tratado de Genebra ou a qualquer supervisão. Portanto, agem livremente.

Com isso, abusos são comuns. Ainda mais se verificar-mos que os equipamentos que utilizam são mais modernos que os empregados até mesmo pelo exército norte-americano, e seu treinamento muito inferior. E qual o compromisso dessas tropas? Elas são mercenárias, lutam somente por dinheiro. Os soldados estão envolvidos em um ambiente de amor a pátria, mas as tropas privadas não.

Nada impede que em dado momento considerem que o custo/benefício não está adequado e abandonem suas posições. Tal situação seria apenas um delito civil de quebra de contrato, e não um crime militar, como no caso do Exército.

Outro problema é que nada impede que essas empresas prestem serviços para outros países ou governos. Basta ter dinheiro para obter um forte e atualizado exercito.

Portanto, é apenas uma retomada dos exércitos de mercenários tão comuns na história de conflitos da humanidade.