Drones: riscos e oportunidades


 Drone vs Cow

Conforme a CNN, dois aviões em voos próximos ao John F. Kennedy International Airport observaram drones a menos de 30 metros das aeronaves.

Drones não são apenas aqueles pequenos objetos como o da foto acima, há veículos aéreos não tripulados com dezenas de metros de envergadura, conforme a imagem abaixo, sobre os drones a serviço dos EUA em 2012:

Se pássaros de 1kg podem destruir uma turbina, imagine o avião colidir com um drone. O risco não é somente para a turbina, as colisões podem atingir os vidros das cabines ferindo os pilotos, como neste caso que ocorreu na Flórida:

No fim de 2014, foi realizada uma audiência pública no Congresso dos EUA na qual foi relatado que a FAA registrou 25 aproximações entre drones e aviões somente no segundo semestre de 2014 nos EUA.

Na Europa a situação é semelhante, conforme esta reportagem sobre os drones que sobrevoam o aeroporto de Lisboa, com 07 registros entre março e maio de 2015.

Existe uma discussão mundial sobre a regulamentação da utilização de Drones. No Brasil, a regulamentação separa em duas categorias os drones, consoante a finalidade:

  • Aeromodelo – equipamentos destinados a lazer, esporte, hobby ou competição. Não possuem carga útil embarcada (o que inclui câmaras acopladas).
    • Portaria DAC 207
      • A portaria impede a realização de voos próximos a aeroportos, locais sensíveis a ruído, como hospitais.
  • Vant/RPA –  equipamentos utilizados em pesquisa, experimentos ou comércio, o aparelho passa a ser entendido como um veículo aéreo não tripulado (Vant). O equipamento precisa possuir uma carga útil embarcada não necessária para o equipamento voar, como câmera, etc.
    • Circular da Aeronáutica AIC 21/10
      • a circular impede o voo sobre locais habitados e pessoas ao ar livre, sendo proibido sua utilização em espaço aéreo compartilhado com aeronaves tripuladas.

O problema não está na regulamentação, mas sim na fiscalização, pois como fiscalizar o respeito às determinações legais? Quais os instrumentos que podem ser empregados para identificar o operador/proprietário de um drone?

Os órgãos de segurança, especialmente nos EUA e França, estão preocupados com os novos riscos que os drones oferecem, que vão do transporte de entorpecentes ao terrorismo, passando pela espionagem, inclusive industrial.

Nisso surge um novo mercado, pois diversas empresas e órgãos governamentais têm interesse em adquirir equipamentos que impeçam a aproximação de drones e ajudem a identificar os operadores das aeronaves.

É interessante observar que em pouco tempo atividades de risco, tais como vigilância em zonas de conflito, transporte de produtos perigosos, etc, serão realizadas somente por veículos aéreos não tripulados.

A Atividade da PF/Exército de explodir pistas clandestinas será inútil. Operar drones reduz o custo das operações e o risco de prisão, o combate terá que mudar.

Saiba +

  1. Fotos:
    1.  Drone vs Cow (Lima Pix / flickr) – CC BY 2.0
    2. Profile of US drones in service in 2012 – Apud What is a drone ? – Areppim
  2. Super Interessante: Como cai um avião
  3. EBC: Drones, Vants ou RPAs? Entenda mais sobre essas aeronaves não tripuladas – Por Leyberson Pedrosa