O alto custo dos cartões de crédito para os lojistas 5


As micro e pequenas empresas sofrem nas mãos das operadoras de cartões de crédito. Seu volume de vendas não tem poder para negociar melhores taxas com as operadoras e a pressão da concorrência das grandes redes obriga as pequenas empresas a aceitarem os diversos cartões existentes no mercado e oferecerem pagamentos parcelados no cartão de crédito.

É costume cobrar o aluguel da máquina ou taxa de conectividade mensalmente (independente do volume de transações), nas regiões metropolitanas as ligações telefônicas das máquinas são cobradas como ligações locais e ainda há a cobrança de uma taxa de 2 à 5% do total de cada transação, ou pagamento. Outro problema é o prazo para receber os valores pagos pelos clientes.

O Sebrae está discutindo esse assunto, em um seminário o senador Adelmir Santana disse:

Segundo ele, os custos de 4% cobrados das administradoras dos lojistas são pelo menos 70% maiores do que os vigentes nos Estados Unidos. Além disso, no Brasil, quem vende demora, no mínimo 30 dias para receber, enquanto nos EUA este prazo é de 48 horas. O senador tem vários projetos em tramitação dispondo sobre a regulamentação do mercado de cartões. Mas deixou claro aos participantes, muitos deles representantes das administradoras, que muito dos problemas pode ser resolvido pelo diálogo, pela negociação entre as partes interessadas (1).

O que leva às empresas de cartões praticarem taxas tão altas no Brasil? Os principais motivos são: a falta de concorrência e a falta de regulamentação do serviço. As operadoras podem alegar que as fraudes elevam as taxas, é mentira, pois em caso de fraude o pagamento ao lojista é cancelado, ou seja, as operadoras cobram caro e assumem poucos compromissos com os empresários.

Saiba +:

(1) Agência Sebrae de Notícias > Seminário discute regulamentação do mercado de cartões