O plágio está cada vez mais comum, está se tornando regra nos trabalhos escolares e o professor precisa de ferramentas para identificar e coibir essa prática. É triste constatar que os alunos têm orgulho de enganar o professor, de se formar com o menor esforço possível. É um problema ético e a ética é uma das maiores falhas da educação, seja responsabilidade dos pais ou da escola.
A cópia não surgiu com a Internet, ela apenas potencializou (facilitou) o acesso e a busca de conteúdo. Em mais de uma oportunidade ouvi o “conselho” que um método prático para fazer monografias é pegar na biblioteca da faculdade textos apresentados alguns anos atrás e copiar atualizando alguns pontos.
Voltando ao problema do controle, ouvi no PlugEldorado a dica do Farejador de Plágios, programa que localiza na Internet sites com textos que coincidem com os trabalhos apresentados. É mais um incentivo para os professores solicitarem uma cópia digital dos trabalhos.
O plágio é crime, previsto no artigo 184 do Código Penal, infelizmente algumas das condutas tipificadas (criminalizadas) dependem que o autor da obra se manifeste, o que dificulta a punição do plagiador pelas instituições de ensino.
No caso de trabalhos plagiados para conseguir aprovação no curso, fica caracterizado o crime de estelionato. O Prof. Cristian Fetter Mold concorda e lembra que também cabe o crime de falsidade ideológica. Falta a comunidade acadêmica relatar ao Ministério Público ou à polícia a ocorrência desses crimes.
Portanto, facilitar o processo de identificação das pesquisas falsas e a punição criminal dos envolvidos seria um grande incentivo para reduzir o plágio no ambiente acadêmico.