Há 10 anos atrás passei dois dias em Manaus a serviço da empresa em que trabalhava, aproveitei os horários livres para conhecer a cidade guiado pelo pessoal do escritório de Manaus.
Lembro ter ido e voltado através da finada Transbrasil. O aeroporto de Manaus é pequeno, se comparado com os de São Paulo: basta atravessar uma porta e você já está na rua suando, suando muito. Mesmo tendo chovido forte na hora do almoço, o calor não aliviou.
Na chegada à cidade, o avião sobrevoou o encontro das águas e no fim da tarde visitei a Ponta Negra, praia do Rio Negro em Manaus:
Ao ver o rio Negro, fiquei impressionado por mal conseguir enxergar a outra margem do Rio, pois a linha do horizonte se forma antes. Outra coisa me surpreendeu: a altura dos paredões que cercam a praia; ao perguntar sobre isso com o pessoal que me guiava pela cidade, não acreditei quando falaram que na época de cheia o nível da água subia até a rua, algumas vezes invadindo o asfalto.
A cheia histórica do rio Negro que aconteceu no último mês mostrou que eles estavam certos, é inacreditável a quantidade de água necessária para preencher todo esse espaço. Veja o vídeo.
Assim como a cheia foi aumentando vagarosamente, alguns centímetros por dia, o mesmo ocorre com a vazante: a água vai baixando devagar, característica muito diferente das enchentes no Sudeste, que a água sobe metros em minutos e da mesma forma volta ao normal.