
Bacias do Rio Tietê: 1:Alto Tietê, 2:Médio Tietê, 3:Piracicaba / Jundiaí, 4: Tietê / Jacaré, 5:Tietê / Batalha, 6:Baixo Tietê
Em 1991 a Rádio Eldorado (hoje Estadão ESPN) com o apoio da SOS Mata Atlântica iniciou a campanha pela despoluição do Rio Tietê, movimento de grande repercussão que levou a Sabesp a inciar a despoluição em 1992.
A mobilização teve início com um programa da Eldorado em parceria com a BBC de Londres sobre a despoluição do rio Tamisa que era totalmente poluído e hoje está recuperado. Após as reportagens, as manifestações cresceram e o Governo do Estado deu início às obras da Primeira Etapa do Projeto. Hoje, a situação do Rio Tietê é melhor, mas segundo os organizadores do projeto, “para recuperar definitivamente o Tietê é necessário, antes, recuperar a capacidade da sociedade de entender o rio, redescobrir seus encantos, sua importância, conhecer seus problemas e buscar soluções de forma integrada”[4].
A despoluição sempre chamou minha atenção, lembro que participei de um grupo na feira de ciências da escola para divulgar a importância da despoluição, nossa principal atração era uma maquete com um rio poluído cortando uma cidade, trabalho de despertou minha paixão por maquetes, mas isso é outra história.
Como o Tietê ficou poluído?
Foram décadas de descaso e despejo de esgoto diretamente no Rio, desde os primórdios da cidade de São Paulo. Com a construção das marginais o Rio ficou ainda mais sufocado e abandonado:
“Com as obras para tornar as margens retas na capital para construir pistas, as pessoas pararam de frequentar o rio e ele foi virando um depósito de lixo”, diz Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica[2]
Situação do projeto
Para despoluir um rio é necessário um grande investimento em saneamento e décadas de trabalho, investimento que traz pouca visibilidade eleitoral. Felizmente o Governo do Estado de São Paulo tem investido constantemente no Projeto, que atualmente está na terceira etapa.
A terceira etapa do Projeto Tietê prevê investimento de US$ 1,05 bilhão até 2015, essencialmente na ampliação da coleta e tratamento de esgoto doméstico despejado no Tietê e em sua bacia [2].
Faz parte desse projeto a despoluição do Rio Jundiaí, com a coleta de esgoto de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista e a construção da ETE de Várzea Paulista, conclusão prevista para 2013. A despoluição do Rio Juquery também está em andamento.
O Tietê 2011
A Globo e o IPT estão desde agosto navegando quase todo o leito do Tietê para estudar o nível de poluição do Rio. Neste fim de semana a expedição chegou à quarta semana e constatou que a mancha de poluição cresceu e já chega até Conchas.
Referência
- Imagem: Bacia Hidrográfica do Tietê / Rede das águas;
- Mundo estranho: Como o rio Tietê ficou poluído?
- Sabesp: 3ª Etapa do projeto Tietê
- Sabesp: De olho no Tietê
- Rede das águas: Núcleo União Pró Tietê