2009 foi mais um ano marcado por escândalos de corrupção, porém, o escandalo do Governo do Distrito Federal que fechou o ano é impressionante, pois não me lembro de nenhum em que tenham gravado as pessoas recebendo o dinheiro, inclusive o Governador do DF. As imagens estão na reportagem abaixo (se preferir, assista aqui).
O professor Martinho Isnard Ribeiro de Almeida, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP defende acabar ou restringir a circulação de dinheiro para dificultar a pratica de crimes:
Quem quer se envolver em ações ilegais precisa de dinheiro vivo. Quando você começa a reduzir a circulação de papel-moeda, você restringe o crime(1).
Acabar com o dinheiro em espécie permitiria ao Governo rastrear todas as transações financeiras, o que dificultaria mas não reduziria os crimes, principalmente pela falicidade que as quadrilhas tem para lavar dinheiro, problema que afeta o mundo inteiro. A lavagem de dinheiro é difícil de ser tipificada e provada, especialmente quando as transações envolvem diversos países, em virtude da burocracia que existe nas relações exteriores e a falta de unificação / padronização dos procedimentos.
A solução passa pela aplicação da lei (punição dos envolvidos) rapidamente, pela valorização da Justiça, MP e principalmente dos delegados, que deveriam ter a garantia da inamovibilidade, como ocorre com os primeiros.