Acabar com o dinheiro vivo reduziria a criminalidade? 3


Foto: Roman Sigaev (photoXpress)

2009 foi mais um ano marcado por escândalos de corrupção, porém, o escandalo do Governo do Distrito Federal que fechou o ano é impressionante, pois não me lembro de nenhum em que tenham gravado as pessoas recebendo o dinheiro, inclusive o Governador do DF. As imagens estão na reportagem abaixo (se preferir, assista aqui).

O professor Martinho Isnard Ribeiro de Almeida, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP defende acabar ou restringir a circulação de dinheiro para dificultar a pratica de crimes:

Quem quer se envolver em ações ilegais precisa de dinheiro vivo. Quando você começa a reduzir a circulação de papel-moeda, você restringe o crime(1).

Acabar com o dinheiro em espécie permitiria ao Governo rastrear todas as transações financeiras, o que dificultaria mas não reduziria os crimes, principalmente pela falicidade que as quadrilhas tem para lavar dinheiro, problema que afeta o mundo inteiro.  A lavagem de dinheiro é difícil de ser tipificada e provada, especialmente quando as transações envolvem diversos países, em virtude da burocracia que existe nas relações exteriores e a falta de unificação / padronização dos procedimentos.

A solução passa pela aplicação da lei (punição dos envolvidos) rapidamente, pela valorização da Justiça, MP e principalmente dos delegados, que deveriam ter a garantia da inamovibilidade, como ocorre com os primeiros.

Saiba +

  1. G1: Fim do ‘dinheiro vivo’ pode reduzir fraudes e facilitar declaração de IR;
  2. HowStuffWorks: Como funciona a lavagem de dinheiro;
  3. Jus Naviganti: A necessária garantia da inamovibilidade para os delegados de polícia.