O problema do excesso de escolhas


O Manoel Dorneles, da revista Kalunga,escreveu sobre o excesso de escolhas:

Ando lendo alguns autores para a conclusão de minha tese de mestrado, entre eles, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que compara o mundo moderno, cheio de possibilidades, a uma mesa de bufê repleta de pratos deliciosos. Quem dispensou o serviço à la carte e se aproximou dessa mesa farta vai se ver na mesma situação daquele que chegou bem cedo ao shopping center e encontrou o estacionamento vazio. Em vez de parar na primeira vaga, vai dar voltas até optar por uma delas, nem sempre a mais próxima da porta de entrada. Pois a quantidade de pratos em oferta, também obrigará o consumidor contemporâneo a estabelecer prioridades, o que, convenhamos muitas vezes, se torna uma tarefa irritante. Conclusão de Bauman: “A infelicidade dos consumidores deriva do excesso e não da falta de escolha(1).

O texto prossegue lembrando que antes de criticar o excesso de escolhas devemos nos preocupar com as pessoas que possuem poucas ou nenhuma escolha. O Manoel está correto, a humanidade lutou muito para conseguir este ambiente de liberdade e possibilidade de escolha.

O Luli Radfahrer, durante a palestra no bate-papo sobre e-commerce, alertou sobre o perigo desses extremos e que o caminho é encontrar um ponto entre eles. O consumidor precisa de escolhas, mas o excesso delas confunde e estressa. Me identifico com o sentimento de culpa ao consumir, fico sempre com a impressão que deveria ter optado pela opção que preteri.

Ao escolher os produtos para nossa loja virtual temos a preocupação de evitar o excesso de escolhas, desde 2008 estamos retirando da grade os produtos que são muito semelhantes. Em 2009 vamos reduzir a quantidade de opções e campos necessários para o cliente concluir o pedido.

Saiba +

  • DORNELES, Manoel. Isso ou aquilo? Revista Kalunga nº 214