Números da economia informal


A economia formal, registrada, é monitorada por diversas estatísticas, diferente do que ocorre com a economia informal, aquela não oficial, que não emite nota fiscal nem registra empregados. A própria natureza de ocultar as atividades e receitas dificulta mensurar o tamanho e o impacto do mercado informal na economia.

A FGV realizou um estudo que estimou o tamanho da economia informal em 2009: 18,4% do PIB Brasileiro (R$ 578,4 bilhões). Estudo semelhante realizado em 2003 resultou em 21% do PIB. A redução da economia informal foi creditada ao crescimento do PIB e o aumento da fiscalização.

Não tenho dúvida que o aumento da fiscalização reduz a informalidade, assim como a simplificação da carga tributária também, pois facilita o controle dos custos pelo empreendedor. Mas o principal fator de redução da informalidade é o crescimento da economia, gerando aumento de renda e oportunidades.

A Argentina é um exemplo de uma economia que avança para a informalidade, em virtude da crise econômica que assola o País à pelo menos uma década, empobrecendo a população que já foi uma das mais ricas do mundo:

Gráfico da decadência da economia Argentina

Decadência da economia Argentina. Imagem: IG (as flechas são minhas)

O excesso de burocracia ou impedimentos legais também levam à informalidade, como o mercado negro em Cuba. Quando a economia é arruinada, como no Haiti, também é necessário recorrer à informalidade para aumentar o dinamismo da economia.

Com tantos problemas, a OCDE estima que um terço da população mundial esteja na informalidade, sem acesso à previdência social e outros benefícios.