A batalha das operadoras de cartões de crédito


Foto: photl.com

Em 2008 comentei sobre o alto custo dos cartões de crédito para os lojistas. Em 2010 a situação começou a mudar, após o Governo Federal intervir e acabar com a exclusividade das credenciadoras (Redecard, Cielo, etc.) para processarem as transações das bandeiras de cartões.

O mercado dos cartões é grande e cresce todos os anos:

Imagem: Veja (1)

Quem não é lojista muitas vezes desconhece que os estabelecimentos também pagam taxas para as credenciadoras. São duas taxas cobradas: o aluguel (ou conectividade), cobrado pela simples disponibilização do serviço e as taxas sobre cada operação, que variam conforme o tipo de transação:

Taxas referentes ao pagamento de conta no valor de R$ 100,00. Imagem: Veja(1)

Voltando ao início, a partir do segundo semestre de 2010, na teoria, cada credenciadora passou a aceitar todas as bandeiras, trazendo um mínimo de competitividade para o mercado. Todos os empresários que conheço entraram em contato com as credenciadoras e passaram a trabalhar com a que ofereceu as maiores vantagens.

As taxas ainda são altas, mas o custo médio, especialmente do aluguel, foi reduzido. O sistema adotado pelas credenciadoras é semelhante ao adotado pelas operadoras de celular para fidelizar clientes: promoções por tempo limitado. Ao término do período, é necessário entrar em contato para obter outra promoção.

Com essa prática, as duas maiores credenciadoras brasileiras apresentaram aumento de despesas operacionais acima de 25%, principalmente em marketing. A Redecard apresentou uma pequena queda no lucro líquido, já a Cielo teve um aumento de mais de 20% no lucro, ou seja, mesmo com o fim do monopólio elas continuam apresentando lucros expressivos.

Referência

  1. BETTI, Renata. A batalha feroz das maquininhas. Veja, São Paulo, ano 43, nº 33, ed. 2178, 18/08/2010, pág. 82;
  2. Info: Redecard e Cielo sofrem com novas regras.