O SIVAM, os problemas e o descaso com o patrimônio 1


Os bens públicos pertencem a todos nós e confiamos sua administração aos servidores públicos (nunca devemos esquecer: a função é servir), e aos representantes eleitos.

Apesar disso, poucos bens recebem manutenção adequada. O comum é o bem ir se degradando até surgir a necessidade de se adquirir (construir) um novo e novamente iniciar o ciclo.

Os mais iniciados (espiritualizados) poderiam identificar nesse ciclo nosso estado humano, da roda da vida e da morte, ou seja, nada mais do que a ordem natural.

Misticismo a parte, o custo de se fazer manutenção constante e preventiva é menor do que o de adquirir um novo bem.

Uma reportagem da Veja – publicada em julho de 2007, anterior ao acidente da TAM em Congonhas – revela diversos problemas no SIVAM, o sistema de radares que vigia a Amazônia.

No tráfego aéreo os radares apontam dezenas de aviões inexistentes, promessas de rastreamento efetuada na licitação (vigilância de vôos de baixa atitude) não foram cumpridas, equipamentos desviados para outros fins em outros estados, ainda não foram implementados todos os serviços previstos no projeto, de 1995 e concluído em 2002, diversos equipamentos não estão operando por falta de manutenção.

Para complicar mais, o SIVAM: não teve licitação, o orçamento inicial de R$ 600 milhões saltou para R$ 1,4 bilhões, a empresa vencedora teve sua vitória contestada, etc.

Precisamos reivindicar que nossa parcela de cada bem seja administrada de forma adequada. Se cada um de nós fazer isso e pedir que outros também façam, iremos obter resultado.

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